Ah, a curiosidade! Seja através de situações que acontecem em nosso dia a dia ou de imagens curiosas, é fato que esse sentimento mexe conosco de uma maneira bastante intensa, às vezes até superando algumas barreiras da racionalidade.
Além de ser tão interessante no dia a dia, seu uso pode (e deve!) ser feito em projetos de design, tanto nos digitais quanto nos impressos, dado o poder que ela tem sobre nós e às consequências que isso pode levar.
Se você quer incorporar esse tipo de elemento em seus projetos, então sua curiosidade te trouxe ao lugar certo. Entenda melhor como isso funciona em seu cérebro e como aproveitar essa reação natural e psicológica a seu favor.
Como a curiosidade afeta nosso cérebro?
Antes de tudo, vamos dar uma pincelada científica ao tópico, que já chama a atenção da comunidade há muito tempo.
Há mais de 100 anos, o filósofo e psicólogo norte-americano William James sugeriu que este era um dos elementos principais da motivação humana. Desde então, vários modelos foram introduzidos, visando explicar não apenas a maneira com a qual nos motiva, mas também como a curiosidade varia entre cada indivíduo.
O também norte-americano Dr. Todd Kashdan estudou a curiosidade por anos e desenvolveu diferentes modelos, sendo um deles responsável por dividir a curiosidade em cinco dimensões, as quais podem ser mais fracas ou fortes de acordo com cada pessoa.
Kashdan define a curiosidade neste modelo como o reconhecimento, a perseguição e o desejo de explorar eventos novos, incertos, complexos e ambíguos. Os cientistas por trás do modelo trabalharam com centenas de adultos americanos para ajudar a determinar como eles sentiam e, assim, dividir em elementos principais.
Posteriormente, eles tentaram quantificar os elementos em um único modelo e, por fim, chegaram às cinco dimensões da curiosidade, que podem ser medidas com uma série de perguntas de “sim” ou “não”: a cada resposta positiva, a dimensão é mais intensa naquele indivíduo.
As cinco dimensões foram as seguintes:
- Exploração alegre;
- Sensibilidade à privação;
- Tolerância ao estresse;
- Curiosidade social;
- Procura por emoções.
Você pode ter achado que entramos em um devaneio fora do assunto imagens curiosas, mas entender como a questão funciona pode te ajudar a saber como despertar a curiosidade das pessoas e, assim, tirar proveito do sentimento em seus projetos.
Como despertar a curiosidade das pessoas com imagens em seus projetos de design?
Nós já abordamos as emoções que você pode explorar ao escolher fotografias para seus projetos de design, mas ao lidar com a curiosidade, é preciso ser bem específico. Algumas dicas são as seguintes:
Não dê todos os detalhes na imagem
Diz-se que uma imagem vale mais que mil palavras, não é? Pois bem, a frase não deixa de ser verdade, mas se você demonstrar toda a ideia daquela estratégia apenas com o que o público pode ver, o objetivo pode ser perdido.
É preciso que haja um chamariz, aquela pitada de mistério, de modo que as imagens curiosas realmente despertem este sentimento e atraiam o olhar do público-alvo. Assim, ele também poderá ler o texto e entender do que se trata.
A linha que divide esse mistério da ausência de chamar a atenção é bem tênue e desafiadora, é verdade, mas quando se encontra o equilíbrio, o resultado tende a ser o melhor possível.
Tire proveito do movimento nas fotos
A captura de uma imagem traz como resultado algo estático, é verdade, mas algumas delas deixam clara a presença de movimento, o que também pode atrair a atenção do público, ainda que de maneira inconsciente.
Veja a imagem acima. É evidente que a garota abaixou os óculos, em uma clara demonstração de curiosidade pelo que pode ver. Pode ser que você não esteja usando óculos agora, mas provavelmente teve vontade de fazer o mesmo, não é?
Essa captura de movimento chama a atenção, em mais uma das claras vantagens de escolher fotos espontâneas para seus projetos.
Aposte no contato visual
Seja em imagens, vídeos ou no dia a dia, o contato visual é muito forte. Em vários estudos, uma conclusão comum é de que este contato atrai e prende nossa atenção, tornando-nos menos ligados ao que acontece ao nosso redor.
Um estudo feito por Shogo Kajimura e Michio Nomura buscou entender os efeitos deste contato. Nele, voluntários tinham que assistir o vídeo de um rosto ao mesmo tempo em que deveriam completar um desafio de palavras que envolvia verbos relacionados – ao ouvirem sobre “leite”, poderiam responder “beber”, por exemplo.
O que se observou é que os voluntários tiveram muito mais dificuldade de responder – ainda que apenas em palavras difíceis – quando o rosto no vídeo parecia fazer contato visual com eles. Os cientistas acreditam que o contato visual, mesmo com um estranho em um vídeo, é tão intenso que drena nossas reservas cognitivas.
As imagens curiosas podem ter este elemento, o que tende a atrair a atenção das pessoas e, assim, colocá-las um passo adiante rumo ao objetivo proposto com aquele projeto, seja ele virtual ou não.
Desperte a curiosidade do seu público!
Pode-se dizer que essa é praticamente uma arte, que demanda estudo, paciência e testes, mas certamente pode te beneficiar em seus projetos.
Para ter acesso aos melhores recursos gráficos confira algumas opções de bancos de imagens gratuitos para saber como despertar a curiosidade das pessoas na prática.