Um mergulho no divertido mundo das ilustrações com doodles

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O tipo de ilustração que ficou conhecido como doodles tem grande destaque no mercado editorial e de moda.

É um estilo marcado por curvas bem soltas, grande riqueza de detalhes e um toque de humor. Esse tipo de ilustração fica posicionada no caminho entre desenhos super realistas e algo mais iconográfico. 

Geralmente são desenhos em preto e branco ou com poucas cores chapadas. Ao invés de degradê e texturas são utilizada hachuras para dar sensação de volume e sombra. O que direciona a ilustração é a simplicidade dos traços.

Alguns artistas preferem criar seus doodles à moda antiga com caneta e tinta, como é o caso de Mattias Adolfsson, uma das maiores referências no mercado. Outros preferem trabalhar com vetores por conta da versatilidade na hora de criar estampas.

Os doodles são sempre muito detalhados e alguns artistas ainda gostam de explorar o desenho final para esconder algumas brincadeiras. Quem lembra do trabalho clássico do Aragonés nas revistas MAD?

Em contrapartida a tanta riqueza de detalhes, os doodles são sempre simples e despretensiosos. Esse é o grande charme desse tipo de ilustração: criar estampas e ilustrações complexas e cheias de detalhes à partir de desenhos simples. 

Há muito tempo buscava uma referência para explorar essa técnica. Encontrei o material com um brasileiro reconhecido mundialmente pelo seu estilo super marcante de ilustrações vetoriais com doodles. E assim mergulhei na técnica do Mauro Martins. 

O processo, assim como os desenhos, segue uma sequência muito simples. Primeiro, ele cria todos os elementos que vai usar na sua estampa. São desenhos bem fluídos, com curvas soltas e mais voltados para um cartoon do que uma ilustração realista. Esses elementos podem ser personagens, objetos, letras, animais ou formas geométricas.

Dá para ver que a simplificação é importante nessa etapa. Assim como o Mauro, eu também gosto de fazer os rascunhos à mão e estudar bastante cada personagem ou objeto antes de partir para o desenho final. É muito bacana acompanhar o processo para entender como cada elemento é desenvolvido pensando no agrupamento final.

Com a biblioteca de elementos pronta, chega o momento de montar a composição definitiva. É aqui que o trabalho com vetores tem suas vantagens. Cada personagem é um objeto que pode ser posicionado dentro da composição. Todos esses elementos são organizados para montar a estampa. Quando há texto ou alguma propaganda, a tipografia entra em destaque dentro da composição.

Os espaços vazios podem ser preenchidos com linhas, formas geométricas ou outros desenhos menores. Cada artista tem uma forma diferente de trabalhar e acaba criando uma assinatura nos doodles.

Aliás, desenhar essas estampas abstratas com linhas, curvas, bolinhas e rabiscos é uma atividade super relaxante. Muitas pessoas fazem isso por hobby e mantém sempre um bloquinho de desenho por perto para acessar durante reuniões. É uma prática bacana e um ótimo exercício para desenhistas.

Agora que a estampa final está pronta dá para observar bem a dualidade desse tipo de ilustração. O desenho final é rico em detalhes, complexo e cheio de elementos. Mas cada desenho individual é simples. É legal observar os detalhes, as brincadeiras e os segredos escondidos nessas estampas tão completas.

E para quem gosta de tudo colorido, os vetores oferecem ainda mais uma vantagem nessa etapa final. Com a estampa toda organizada é possível definir os formatos para preencher com cores. Esse é um trabalho demorado, mas também muito gostoso de fazer.

Para quem gosta de ilustrações bem soltas e desse estilo mais casual, a arte vetorial sem dúvidas é uma excelente oportunidade de soltar a criatividade. É um tipo de desenho onde não há tanta preocupação porque você pode explorar as curvas com liberdade total.

Do ponto de vista comercial é uma atividade super interessante também porque há muita procura por esse tipo de trabalho. Você vai encontrar doodles assim em estampas de roupas, embalagens, rótulos, sites e até mesmo em produtos personalizados.

Se quiser se aprofundar no assunto, recomendo os cursos de doodles que encontrei na Domestika.

Tem o curso Ilustração vetorial com estilo doodles, do ilustrador brasileiro Mauro Martins e também o curso A arte de desenhar: transforme seus rabiscos em arte, do Mattias Adolfsson.

Aliás, essa é uma expressão que define muito bem os doodles: rabiscos transformados em arte!

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Este artigo foi escrito por:
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Mario Troise

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